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A sala de aula é um dos locais mais sagrados que existem, com professores prontos para passarem seus conhecimentos e estudantes que estão ali para se prepararem para o futuro.
Por conta disso, não há nada pior que educadores se depararem com turmas desmotivadas com o ensino. Assim, fica a importante questão: como fazer para motivar alunos desinteressados?
Neste manual vamos entender detalhadamente porque a sala de aula pode não ser o local mais prazeroso atualmente para os alunos. Veremos onde professores e educadores podem estar falhando. E acima de tudo, veremos muitas formas de engajar seus alunos e os transformarem em agentes ativos no processo pedagógico.
Antes de tudo, precisamos entender a origem da desmotivação de um aluno no processo pedagógico. Evidente que pode haver motivações pessoais e de perfil de personalidade, mas há também motivações estruturais do atual modelo pedagógico e das dinâmicas utilizadas pelos educadores em sala de aula.
Assim, podemos identificar um aluno desinteressado de várias formas:
Não participa das atividades: O professor passa atividades e o aluno por diversas vezes não entrega ou não participa.
Entrega as atividades incompletas: Ele até esboça começar a fazer as atividades, mas nunca as finaliza, entregando de forma incompleta. Em atividades orais, só se manifesta se o professor obriga e normalmente oferece argumentos e respostas bem rasas, porque ele não queria estar ali falando.
Senta-se no fundo: Há um mito sobre quem de fato são os alunos que se sentam no fundo da sala. Evidente que nem todos são desinteressados, mas sim, é muito difícil um aluno desmotivado se sentar na frente da sala de aula, então normalmente sobram às cadeiras finais.
Tira notas baixas: O professor precisa ficar atento com as notas baixas, porque exceto nos casos que há problemas mais específicos, de ordem pontual, elas significam que aquele aluno pode estar desinteressado ou desmotivado com os conteúdos dados.
Falta com frequência: Outro caso que deve ligar o sinal amarelo do educador. Alunos que faltam normalmente estão desinteressados e desmotivados com o ensino naquela disciplina, ou naquela escola. Exceto em casos em que esteja acontecendo problemas pessoais ou familiares, a falta frequente é um sinal básico de desinteresse.
Brinca, conversa ou bagunça em aula: Este é o típico sinal de um aluno desinteressado pelo conteúdo que o professor está apresentando na sala de aula. Esse comportamento é ainda mais indesejável, pois contamina a turma, prejudicando muito as atividades pedagógicas.
Cabe ao professor, a partir da observação desses sinais de desinteresse dos seus alunos, o entendimento dos reais motivos que levam um estudante a estar desmotivado em sala de aula.
Esses motivos podem ser pessoais, de ordem familiar, por exemplo, ou resultado de falhas no processo de ensino. E quais falhas poderiam ser essas?
Sim, o conceito é vago, mas pode ser usado. O professor que fica sentado lendo o conteúdo e depois escrevendo no quadro pode estar contribuindo para que alguns alunos não se sintam motivados a participar e interagir.
Quando a escola ou o professor trata o aluno como mero receptador de informação e de conhecimento, o resultado gerado pode ser este de desinteresse ou desmotivação.
Este estilo mais tradicional de ensino já foi duramente questionado por educadores e está mais que provado que é um método ultrapassado e que não engaja o estudante.
A leitura de livros e o conhecimento trazido por eles são muito importantes, porém o aluno hoje em dia quer cada vez mais aprender com base na realidade, nos casos reais e nas experiências práticas.
A teoria pode ser um bom complemento para a educação, mas não há nada mais motivador do que inserir elementos do dia a dia do aluno para que ele se sinta motivado.
Estamos na era tecnológica e o professor que não utilizar alguma dessas ferramentas para incrementar uma aula ou para complementar o projeto pedagógico está fadado a ter alunos desinteressados e desmotivados.
O estudante de hoje em dia vive consumindo tecnologias, sobretudo no campo da comunicação, como o uso de aplicativos e de redes sociais. Assim, não usar esses elementos a favor do ensino é uma falha que pode gerar cada vez mais alunos não engajados.
Não que o aluno precise ser comprado para querer estudar, mas é sabido que a recompensa é uma das melhores formas de incentivar um estudante a se manter bem na sala de aula.
A recompensa pode ser uma palavra de incentivo, um feedback público favorável, ou um elogio para todos ouvirem. Um professor que não consegue pensar em formas de recompensar bons alunos ou boas ações de alunos não vai conseguir manter uma turma motivada.
Um problema que educadores e pesquisadores da educação perceberam há algumas décadas diz respeito ao modelo tradicional e engessado de dar aula.
Há uma falta de criatividade que se mostra inimiga da motivação e do engajamento estudantil. Quanto mais um professor escolher seguir esse modelo de leitura de conteúdo, sentado na cadeira e escrevendo no quadro, menos ele conseguirá a atenção dos alunos.
Depois que o professor identificou os sinais apresentados por um aluno desmotivado, e depois que ele percebeu as falhas que podem estar sendo feitas no processo de ensino, chegou o momento de começar o processo de transformação.
Chegou o momento de promover a mudança de comportamento do aluno, de alguém desinteressado em alguém engajado.
As dicas são muitas:
Como falamos, o desinteresse de um aluno pode ser resultado de falhas na prática de ensino, mas também pode ser resultado de problemas mais específicos, de ordem pessoal, ou familiar.
Então o primeiro passo para o professor ao detectar que aquele estudante está desmotivado é conversar e entender os reais motivos daquela situação. A partir desse entendimento, o professor pode buscar corrigir problemas e ajudar o aluno.
Palavra bastante conhecida de educadores, as metodologias ativas surgiram como contraponto ao modelo tradicional de ensino, que coloca o professor no centro de tudo e o aluno é só uma parte passiva.
Desta forma, as metodologias ativas buscam colocar o aluno no centro de tudo, como protagonistas do processo de ensino e aprendizado.
Há muitas formas de utilizar as metodologias ativas e vamos falar nas dicas seguintes, mas por ora a dica é que o professor entenda e estude cada vez mais este novo modelo de ensino.
Uma das possibilidades que as metodologias ativas apresentam é a de aulas mais participativas, com atividades em grupo, utilizando o aluno como parte do problema e parte da solução.
Usar ferramentas como gamificação, realidade aumentada, realidade virtual, todas estas ferramentas tem o poder de engajar, motivar e interessar o estudante, que vai querer participar cada vez mais das aulas.
Sim, o professor que não usa a seu favor as muitas tecnologias existentes está fadado ao fracasso.
Smartphones, Notebooks, Tablets, aplicativos, realidade virtual, conteúdos online, podcasts, pílulas do conhecimento, são muitos os exemplos de conteúdos e formatos que são consequências da revolução tecnológica pela qual passamos.
Alunos, principalmente as gerações mais novas, já nasceram entendendo essas tecnologias, então é muito contra produtivo para um professor não usar essas ferramentas a favor da educação e do ensino.
É importante que professores utilizem técnicas de jornalismo investigativo, ou seja, busquem entender o que interessa seus alunos.
O que os move, o que os motiva, o que faz cada um deles sair da cama. Esse passo é essencial para que professores criem conteúdos mais interessantes e motivadores, e criem formatos de ensino mais atraentes.
Ao invés de buscar exemplos teóricos para apresentar um assunto, por que não colocar situações do dia a dia do aluno? Por que não colocar cada um deles como exemplo de uma questão? Este modelo de ensino, baseado na realidade e em situações do cotidiano tem muito mais chance de ser bem sucedido, porque os estudantes gostam de se ver no processo de ensino.
O professor de hoje tem como função, além de ensinar, ser uma espécie de tutor, de intermediário, de orientador do processo de aprendizado de cada aluno.
Assim, é de suma importância que ele sempre dê feedbacks úteis e saudáveis para seus alunos, e recompensá-los quando eles merecerem. Se ele fez uma atividade com engajamento e motivação, elogie em público, recompense-o.
Vimos neste manual como se dá o processo de identificação, questionamento e correção de um aluno ou uma turma de alunos desinteressada e desmotivada pela aula e pela sala de aula.
Percebemos que há muitas situações que são de responsabilidade do professor também. Assim, o processo de motivar alunos desinteressados envolve uma mudança de comportamento do educador e da escola.
E você, o que acha deste assunto?