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Sabe aquela aula onde o professor fica sentado passando o conteúdo do livro e o aluno anota tudo, sem questionamento algum, sem debate, nem nada?
Esse tipo de modelo de ensino, tradicional, já tem sido colocado de lado em muitas escolas, dando espaço para uma tendência pedagógica que tem por característica principal a valorização do protagonismo estudantil.
Mas o que seria de fato essa ideia de protagonismo estudantil?
Neste artigo vamos conhecer toda a base teórica do termo protagonismo estudantil, vamos entender a sua importância para o sistema de ensino moderno e vamos listar também todos os benefícios que esta tendência pedagógica oferece para professores, estudantes e escolas.
E ainda veremos ações que podemos usar para incentivar esta ideia no dia a dia. Prontos?
O termo, sugestivo, pode ser definido como um espaço educacional aberto à promoção de uma jornada pedagógica mais autônoma e independente do estudante.
Mas como isso acontece?
Para começar, devemos contextualizar rapidamente as perspectivas pedagógicas ao longo do tempo.
Começamos com o modelo de ensino tradicional, onde o professor era a figura central e o aluno era um mero coadjuvante dentro deste processo.
Com o passar do tempo e muitos questionamentos, o estudante passou a ser colocado como elemento principal do sistema pedagógico, que era planejado para se adequar às necessidades estudantis.
Já as teorias mais recentes surgem junto com as chamadas metodologias ativas, que de fato colocam o estudante como ator principal na sua jornada pedagógica, incentivando-o a aprender na prática, de forma mais autônoma, quase que por conta própria.
Entenderam onde queremos chegar?
O protagonismo estudantil é uma evolução dentro do processo de ensino e aprendizagem, e evoca um espaço de diálogo, de liberdade para o aluno e que incentiva o desenvolvimento intelectual do mesmo a partir de suas experiências, dentro e fora do espaço físico da escola.
Quando um projeto pedagógico coloca o estudante como protagonista de sua história dentro da escola, ele está incentivando o aluno a ser mais autônomo nas suas opiniões e escolhas, a ser mais independente nas suas ações e a exercitar cada vez mais o pensamento crítico.
E qual a importância de tudo isso?
Para entender a importância do protagonismo estudantil precisamos perceber o quão incompleto era a experiência pedagógica do aluno no sistema tradicional de ensino.
A escola tradicional não dava brechas para que o estudante pensasse por conta própria, desenvolvesse a sua autonomia de buscar fontes para adquirir conhecimento e fosse mais participativo nas atividades escolares.
Desta forma, quando a escola incentiva a ideia de protagonismo estudantil, ela está contribuindo para o surgimento de um novo tipo de aluno, de cidadão e de uma nova e mais capacitada geração de estudantes.
Assim, o protagonismo estudantil é importante para a construção de novas possibilidades pedagógicas, centradas no aluno, mas com fundamental participação do educador, que agora auxilia o estudante para que ele se encontre de forma ativa na sua jornada de aprendizado.
É importante também para ampliar o leque de possibilidades de aprendizado para crianças, com mais ferramentas para explorar as descobertas do conhecimento e aprender conteúdos na prática, com mais autonomia e personalização.
O protagonismo do estudante é importante também para que a busca do conhecimento passe a fazer mais sentido para o aluno, que vai construir a sua jornada pedagógica de um modo muito mais adequado ao seu perfil.
Esse sistema de aprendizagem, que se flexibiliza a partir das vivências de cada estudante, tende a ter muito mais sucesso que um sistema de ensino engessado, sem possibilidade de mudança ou readequação.
Estimular o protagonismo estudantil gera muitos benefícios para todos os atores deste tema. Vamos conhecer alguns:
O estímulo ao autoconhecimento é uma das ações mais saudáveis e produtivas dentro da sala de aula.
Quando o professor estimula o estudante a pensar sozinho, a buscar o conhecimento através das práticas cotidianas e através do diálogo com outras pessoas, ele está na verdade incentivando o aluno a ser conduzido pelo autoconhecimento.
E uma das mais prazerosas formas de adquirir conhecimento é aquela que parte do próprio agente, que no caso é o estudante.
É bem comum acharmos que no modelo tradicional, de décadas atrás, o estudante era podado, era limitado em sua criatividade, que possuía medo de ser censurado, então não externava suas opiniões e nem as suas ideias.
Quando falamos em protagonismo estudantil, estamos na verdade dando um espaço mais que livre para que o estudante exercite a sua criatividade, de forma livre, sem preconceitos e quase sem limites.
Claro que a figura do professor continua sendo estratégica e essencial, e ele irá guiar ou redirecionar o estudante caso perceba exageros, mas em regra geral, o aluno terá um espaço muito propício para o estímulo à criatividade.
Como desenvolver o pensamento crítico sem nem liberdade para opinar, eu tenho? Esse certamente era um dos questionamentos estudantis ao modelo tradicional de ensino.
Quando falamos em protagonismo estudantil, falamos também em oferecer possibilidades de conhecimentos, de informações, e de perspectivas, para que o aluno exercite diariamente a arte de pensar criticamente.
Ser crítico significa pensar nas possibilidades daquela informação passada, ou daquele conhecimento absorvido.
Pensamento crítico é sempre questionar as fontes de informação e pensar nas outras possibilidades que cada tema oferece. Quando o aluno tem autonomia e incentivo, ele acaba sendo um ser pensante e um ser crítico com muito mais facilidade.
Um dos grandes benefícios que o estímulo ao protagonismo do estudante proporciona é o ambiente de sala de aula muito mais agitado, motivado, participativo e engajado. Um ambiente que preza pela participação do estudante no processo de aprendizado gera mais engajamento deles, que passam a se sentirem inseridos no projeto pedagógico e mais, passam a se sentir importantes.
Esse sentimento leva estudantes a participarem mais das aulas, a serem mais atuantes, engajados, motivados e principalmente, eles passam a absorver mais conhecimentos e informações, seja através do professor, seja através dos outros estudantes, seja através de variadas novas fontes.
Pode-se pensar que o protagonismo estudantil pode resultar em uma geração de alunos individualistas, mas esta percepção está mais que errada.
Quando falamos em colocar o estudante para participar ativamente do processo de aprendizado, estamos falando para ele se inserir dentro de um ambiente coletivo, e a partir da convivência plural, aprender a trabalhar em equipe, aprender o poder da coletividade, a entender a importância da ajuda mútua, e aprender que o outro sempre terá uma importância grande para a sua existência enquanto estudante.
Enquanto temos no ensino tradicional a figura do livro como representante máximo do conhecimento, nos modelos mais contemporâneos essa figura é pulverizada.
O conhecimento surge através de milhares de possibilidades, sobretudo as possibilidades reais, do nosso dia a dia.
Educadores perceberam que o conhecimento prático, aquele que é absorvido a partir de problemas reais, e de soluções reais, é muito mais profundo e rico que o conhecimento que vem somente das teorias.
E como aplicar no seu projeto educacional essa nova abordagem que preza pela ideia de protagonismo estudantil? Vamos para algumas dicas:
É muito importante que se crie um espaço que de fato seja livre, seja acolhedor e seja propício para o estudante se mostrar, para que ele opine, ofereça ideias, exerça escolhas, exercite as interações com outros alunos, para que ele se sinta livre para explorar ao máximo suas potencialidades, suas vontades e suas ideias.
É preciso pensar em como cada disciplina pode auxiliar neste processo de protagonismo estudantil. É preciso que educadores pensem e reflitam em como a matemática, as linguagens, o ensino de História, pode ajudar neste processo.
Construir experiências plurais sobre acontecimentos históricos, deixando para os estudantes narrarem e darem suas opiniões sobre os fatos mais relevantes pode ser uma maneira de incentivar o protagonismo.
As metodologias ativas são ferramentas muito relevantes e ricas para o processo de ensino e aprendizagem.
Elas tendem a dar espaço para que os estudantes exercitem o autoconhecimento e o trabalho coletivo. Possibilidades como Gamificação ou sala de aula invertida tende a gerar muito mais participação estudantil, motivando-os a serem atuantes em todo o processo de aprendizado e se engajando nas atividades propostas pelo professor.
Com o mundo cada vez mais recheado de possibilidades de vivência, é muito importante que escolas e professores busquem novas ideias e atividades de construção de conhecimento.
Uma dica é saírem do currículo obrigatório e partirem para temas mais diversos, como empreendedorismo, novidades tecnológicas, possibilidades culturais, dentre outras opções.
O estudante protagonista de sua vida é uma das tendências mais promissoras para o sistema educacional. A ideia é moderna e já carrega todos os avanços pensados por educadores ao longo dos tempos.
Criar um ambiente que promova e que dê autonomia para o aluno explorar a sua capacidade de conhecer é um passo certo para o sucesso pedagógico.
E você, foi um estudante protagonista?
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