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O termo educação inclusiva surge junto com iniciativas de movimentos sociais que propõe valorizar a ideia de uma sociedade cada vez mais inclusiva, que seja um espaço capaz de receber e abraçar todos, independente de suas necessidades especiais, cognitivas, físicas ou de qualquer outro tipo.
Praticar a inclusão na educação é uma ação política, humanitária, cultural, pedagógica e uma necessidade para o mundo em que vivemos atualmente.
Neste artigo iremos entender tudo sobre a educação inclusiva, desde o seu significado, até formas eficientes de uma escola aplicar essa concepção pedagógica na sala de aula.
Tudo surge a partir da valorização na sociedade do verbo incluir. Inclusão social tem sido um dos termos mais difundidos como prática de inserir todas as pessoas nas atividades sociais.
Pessoas que antes eram excluídas, por terem necessidades físicas, cognitivas, comportamentais e de outros tipos, passaram a conviver de maneira produtiva nos mesmos espaços que pessoas não portadoras.
Esse espírito foi passado para o âmbito pedagógico, gerando o termo ‘educação inclusiva’, que prega justamente uma concepção de escola que abraça e que recebe todos os estudantes, independente de suas limitações e necessidades especiais.
A educação inclusiva pressupõe a criação de um espaço, físico e conceitual, que possa oferecer as mesmas condições pedagógicas para diferentes perfis de alunos, com as suas particularidades, e sem a necessidade de criar uma divisão, uma separação entre estes perfis.
É justamente este processo de divisão que distingue a educação inclusiva da educação especial.
Quando falamos de educação especial, falamos de um espaço voltado para atender pedagogicamente alunos com necessidades espaciais, de forma direcionada e apta a receber somente alunos com estas necessidades.
A educação inclusiva propõe criar um espaço conjunto, onde alunos com necessidades especiais e alunos sem necessidades especiais convivem dentro de um projeto pedagógico que abraça a todos, e principalmente, no mesmo espaço físico.
Pensar na importância da inclusão em um projeto de educação é pensar em qual tipo de futuro queremos para as próximas gerações.
A educação inclusiva propõe a coexistência de crianças e jovens com e sem necessidades especiais em um mesmo espaço de aprendizagem, respeitando, obviamente, todas as particularidades de cada perfil de estudante.
Assim, a educação inclusiva permite praticar a ideia de diversidade social, ao receber alunos de variados perfis, e incentiva o convívio de todos em um espaço voltado para o aprendizado e para o ensino de valores humanistas.
Entender que crianças com necessidades especiais podem conviver produtivamente no mesmo espaço pedagógico que crianças sem necessidades especiais é acreditar em uma geração futura mais empática, colaborativa e humanista.
Podemos pensar a educação inclusiva partindo do entendimento de seus princípios:
Mais básico dos direitos universais, é papel da sociedade oferecer educação para todos independente de suas limitações, de suas necessidades especiais, de sua etnia, credo, ou outra individualidade.
A escola precisa promover a ideia de inclusão em seu projeto, abraçando alunos portadores de necessidades especiais ou não, e fomentando um modelo de ensino inclusivo, democrático, humanista, plural e rico.
Se antes a ideia de que todos aprendiam independente de suas limitações era questionada, hoje é consenso entre educadores e pesquisadores da educação.
Todas as pessoas, independentes de suas particularidades, possuem a capacidade de aprender e ensinar.
Ou seja, é uma obrigação da escola promover, desenvolver e estabelecer estratégias de ensino que favoreçam a aquisição de conhecimento entre os alunos, bem como incentivar a integração entre todos.
Essa é uma das grandes mudanças que o sistema de ensino vem passando nas últimas décadas. A ideia de que existe uma educação padrão que pode ser usada em todos os alunos independente de suas características e necessidades especiais não existe mais, ou vem sendo muito questionada.
A escola contemporânea precisa saber que padronizar o ensino oferece o risco de prejudicar a jornada de aprendizado de muitas crianças.
É preciso se adequar a diferentes perfis, a crianças com diferentes necessidades, e assim buscar um processo de aprendizagem que seja o mais personalizado possível.
Conviver conjuntamente com todos os alunos, independente das diferenças existentes, é um dos princípios mais importantes da educação inclusiva.
É preciso construir um ambiente escolar diversificado, que receba todos os tipos de estudantes, para que cada um deles exercite a pluralidade e estimule idéias como tolerância, empatia, colaboração, integração e humanismo.
A educação inclusiva é um conceito que não beneficia somente estudantes com necessidades especiais, mas sim beneficia toda uma sociedade, pois ela reflete o modelo de nação que pensamos para as futuras gerações.
Oferecer um ambiente de aprendizado plural, rico, abrangente e diverso é um dever de todos que pensam a educação como elemento transformador da sociedade.
O professor tem um papel estratégico na educação inclusiva.
Será ele o responsável por colocar em prática ações que de fato podem ser consideradas de inclusão pedagógica.
Cabe ao professor observar e compreender as diferenças existentes, das mais diferentes que possam ser entre seus grupos de estudantes. Claro que é uma tarefa árdua o professor construir projetos pedagógicos para cada um de seus alunos.
O professor pode, entretanto, entender os tipos de perfis, as diferenças existentes e a partir disso criar práticas e atividades direcionadas para cada um destes grupos, sem que haja necessidade de separar ou dividir os alunos.
Cabe ao professor colocar em prática ações inclusivas, com abordagens que de fato promova a inclusão de todos os seus estudantes, que todos eles se sintam parte de um mesmo ambiente de aprendizado.
O professor será aquele que irá acolher o estudante e buscar entender as suas demandas, as suas particularidades, as suas necessidades, claro que a partir de um projeto pedagógico desenvolvido pela escola, que também possui um papel central neste sistema de educação inclusiva.
O papel da escola no processo de educação inclusiva é estratégico também, é essencial para que a experiência seja produtiva e saudável para todos.
É papel da escola e de seus gestores planejarem um ambiente físico de inclusão, seja construindo, seja adequando seu espaço para as diferentes necessidades apresentadas ou não.
A escola tem como função criar ações, práticas e atividades que busque integrar todos os seus estudantes dentro de um modelo de educação inclusiva, todos dentro do mesmo ambiente pedagógico e com atividades que respeitem as necessidades especiais de cada.
É claro que um dos papéis primordiais da escola inclusiva é o de aceitar todos os estudantes, independente de suas limitações ou necessidades especiais.
A escola tem como função também incentivar a socialização de todos os seus alunos, independente das diferenças de perfis existentes entre eles.
Esse é um dos fatores que transformam a educação inclusiva em algo muito benéfico para todos, ou seja, ela promove o contato com o diverso, permitindo que crianças sejam mais empáticas, colaborativas, tolerantes e humanistas.
Você já entendeu tudo sobre educação inclusiva, mas ainda não sabe como colocar em prática seus princípios e deixar sua instituição de ensino apta a praticar a inclusão em seu processo pedagógico?
Vamos resolver este problema com algumas dicas:
Sim, um dos pilares de um bom projeto de educação inclusiva envolve a prática diária de ações e atividades inclusivas e integrativas.
É preciso que a escola planeje todas as ações necessárias ao longo do ano para que práticas cotidianas de inclusão sejam oferecidas para toda a comunidade escolar.
Diretores, professores, coordenadores devem sempre dialogar para promover e aperfeiçoar a cada dia um projeto de educação inclusiva.
Sim, vai ser preciso investir em infraestrutura, pois inclusão não é somente um conceito teórico, demanda ações práticas no ambiente físico.
É preciso criar ambientes com acessibilidade, salas de apoio, salas multifuncionais, recursos e tecnologias especializadas, e investir constantemente em aperfeiçoar esses ambientes.
É preciso que o projeto pedagógico entenda que respeitar o ritmo de cada aluno ou grupo diferente de alunos é trabalho essencial e estratégico da escola que pretende promover a educação inclusiva.
Dentro das salas de aulas haverá diferentes ritmos de aprendizado e o professor e educador precisa ter sensibilidade, conhecimento e empatia para entender e respeitar cada velocidade diferente para absorver conteúdos.
A educação inclusiva demanda a existência de uma eficiente equipe multidisciplinar, que coloque o estudante no centro do processo pedagógico e o perceba dentro de um projeto mais amplo, e não somente como um número.
A educação inclusiva tem como elemento básico o foco nas competências dos alunos, e não nas limitações, para que assim haja uma prática pedagógica eficiente e de fato inclusiva.
A escola do futuro trabalha com o sistema de gestão participativa com os pais. Nesse sentido, a escola inclusiva também precisa receber os pais para que eles ajudem inclusive nas ações pedagógicas e estratégicas de inclusão.
Vimos neste artigo que a educação inclusiva merece uma atenção e um carinho mais que especiais de todos nós, independente do setor que cada um atua.
Pensar em um projeto de inclusão da educação é acreditar que nossas gerações futuras possam se desenvolver dentro de um ambiente único, com mais tolerância, respeito às diferenças e empatia pelo próximo.
Você já pensou em desenvolver algum projeto de inclusão, seja na educação ou em outro setor? Conte-nos.
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