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É impossível pensarmos na nossa sociedade atual sem mencionar a revolução tecnológica pela qual passamos nestes últimos 30 anos. Deixamos de ser analógicos e entramos de cabeça no mundo digital, podemos dizer assim. Computadores, internet, smartphones, todos estes termos ajudaram a construir o conceito de cibercultura, que é um dos elementos centrais para entender a educação e todos os caminhos que a envolvem no mundo de hoje.
Neste artigo vamos apresentar o conceito de cibercultura, e mostrar como esta terminologia acabou surgindo e ganhando cada vez mais espaço em nossa sociedade. Vamos compreender também toda a relação existente entre este termo e a educação, buscando refletir sobre a influência que ela exerce em nosso sistema educacional.
Vamos começar?
A palavra cibercultura é uma das mais populares representações da nossa contemporaneidade, porque ela se apresenta a partir da ideia de tecnologias e tudo que se relaciona com isso.
O “ciber” surge na esteira da evolução tecnológica, quando os computadores, a internet, as redes de comunicação, e mais para frente, os smartphones, passaram a fazer parte de nosso cotidiano de uma forma mais intensa e contínua.
Assim percebemos que as tecnologias estavam inseridas e normalizadas em nossa sociedade que passamos a externar a ideia de uma cibercultura, ou seja, de uma cultura tecnológica cotidiana.
Então a Cibercultura nada mais é que a nossa cultura entendida a partir das relações que estabelecemos com o universo tecnológico, que hoje em dia é muito mais amplo que somente computadores e smartphones e envolve milhares de elementos e ferramentas, como sistemas inteligentes, voto eletrônico, aplicativos, serviços de streaming, cartões de crédito inteligentes, dentre muitos outros exemplos.
Entendeu?
Mas como conseguimos perceber a cibercultura em atividade em nossas vidas hoje em dia? Bem, é preciso conhecer as principais características que dão vida ao conceito:
A comunicação em nossa era é feita a partir de mídias digitais, correto? Se antes nós tínhamos cartas, fax, ou ferramentas similares, hoje em dia a comunicação é feita com smartphones, notebooks, computadores, tablets, dispositivos inteligentes.
A comunicação digital então é um dos pilares da cibercultura, por apresentar exatamente o coração desse novo sistema social, baseado na comunicação integrada.
Por falar em integração, a interconexão é outra característica da cibercultura, e visa justamente integrar o maior número de pessoas sem limites físicos. A interconexão de mídias digitais e de tecnologias é o que sustenta essa nossa sociedade contemporânea.
Aprender algo antes da revolução tecnológica dependia de um espaço físico determinado e de sua presença nele, limitando e muito o modo como aprendemos as coisas.
No universo da cibercultura essas limitações não existem, principalmente com o surgimento do sistema EAD, que consegue transmitir informações e passar conhecimento, independente de onde você esteja naquele momento, bastando tão somente uma conexão de internet.
Se pudéssemos definir a nossa sociedade atual com uma ideia, talvez esta seria as redes sociais. Falando de cibercultura, as comunidades virtuais, criadas a partir de ferramentas como Messenger, Orkut, Facebook, Twitter, dentre outras, fazem parte deste organismo vivo que é a cultura da comunicação digital e instantânea.
Uma das grandes características da cibercultura é o foco no conhecimento colaborativo, principalmente aquele que é trabalhado em ferramentas coletivas, como redes sociais, salas de aula virtuais, e outros modelos.
Depois de conhecermos bem detalhadamente o conceito de cibercultura, agora podemos entrar em uma das principais ramificações do tema, que é a sua relação com a educação.
Não é tão difícil percebermos como as tecnologias têm influenciado ao longo das décadas todas as transformações na educação, especificamente a brasileira. Passamos de um modelo tradicional, onde o professor senta-se na cadeira e passa todo o conhecimento vindo de livros físicos para as suas turmas de estudantes que estão ali sentados, passivos, sendo mero receptores de informações.
O uso mais intenso de computadores, junto com a internet, ajudou a mudar completamente esta relação e hoje em dia vemos cada vez mais alunos sendo protagonistas de sua jornada de aprendizagem.
As tecnologias criaram novas formas de ensino, como o EAD (Ensino à Distância), ou como o ensino híbrido, e criaram novas metodologias, como as ativas, que incentivam os alunos a serem mais participativos e autônomos no processo pedagógico.
Percebemos então como as novas tecnologias e como todo este universo que hoje chamamos de cibercultura mudaram as vidas de professores e educadores mundo afora.
Mas é claro que estas transformações trazem novos desafios.
Podemos dizer que o maior desafio do professor nos dias atuais é entender de verdade que o seu papel na jornada pedagógica vem se transformando e evoluindo.
Se antes o professor era o detentor do conhecimento e a sua função era passar esse conhecimento para os seus estudantes, hoje o seu papel estratégico é o de mediar, de orientar e de guiar as jornadas de aprendizagem dos seus alunos.
E cada um deles terá uma experiência única, porque eles são seres únicos.
E cabe ao professor entender as particularidades de suas turmas, para personalizar e aperfeiçoar ao máximo as atividades de ensino.
Podemos entender como desafios complementares para os professores no mundo da cibercultura estes aqui:
Dependendo da formação do professor, é muito provável que ele tenha passado pela fase clássica do ensino, que era formada por livros, cadernos de notas, e toda papelada que estava em seu entorno.
Era normal, por exemplo, o professor passar horas e horas na copiadora da escola para imprimir ou copiar conteúdos e provas.
A geração da cibercultura já vive em um contexto que transporta tudo isso para a nuvem, para o universo online, e essa mudança pode ser demais para professores que não estão acostumados.
Entender todas as peculiaridades do mundo digital é um dos maiores desafios para professores que precisam exercer as suas funções em um mundo marcado pelo uso diário e constante de tecnologias.
Quando pensamos no mundo da cibercultura, precisamos entender que em um país como o Brasil teremos experiências de primeiro mundo e experiências muito reduzidas, quase nulas, dependendo do local.
É um grande desafio para o educador ter que lidar com esta discrepância entre modelos de ensino, seja comparando o ensino público e o privado, seja comparando o ensino em uma grande cidade com o ensino numa cidade pequena do interior.
A cibercultura existe sob a ótica da tecnologia e de como ela facilita e ajuda no processo educacional, então nada mais desafiador que criar um ambiente rico em um espaço sem estrutura adequada e sem as ferramentas necessárias.
O professor passa a ser um herói ao buscar de todas as formas preencher as lacunas da falta de tecnologia para entregar conteúdos mais contemporâneos e atualizados para as suas turmas.
Todo o modelo atual da educação tem como base o uso da internet como centro de todas as ações educacionais e metodologias ativas de ensino.
É a internet quem possibilita o uso da realidade virtual na sala de aula, da realidade aumentada, permite criar salas de aula virtuais, e possibilita o ensino híbrido, dentre outras coisas.
Assim, percebe-se que a internet pode ser tanto a heroína quanto a vilã de um bom projeto pedagógico.
É desafio para professores ter que lidar com todas as limitações que escolas, cidades, bairros e comunidades podem ter com a internet, bem como estudantes de baixa renda que não conseguem nem se alimentar direito, imagina então ter uma internet veloz.
Já vimos de forma rasa o quanto as tecnologias e a cibercultura tem influenciado o modelo educacional hoje em dia.
A educação, em todas as suas etapas, seja ao pensarmos na parte administrativa de uma escola, ou no seu projeto pedagógico, tem sido muito influenciada pela cibercultura, que entrega a base para que projetos escolares sejam bem-sucedidos e modernos.
Podemos apresentar algumas das maneiras pelas quais ela tem atuado dentro do nosso sistema de ensino:
A partir da normalização do uso da internet que escolas e projetos educacionais criaram metodologias ativas e que intercalam o modelo presencial com o modelo virtual.
A educação à distância foi uma revolução no campo do ensino e possibilitou que milhões de estudantes que antes tinham dificuldades para ter acesso ao ensino passassem a estudar.
A aprendizagem como vemos hoje no mundo é fruto da cibercultura, fruto dos avanços tecnológicos que permitem novas abordagens pedagógicas.
Outra grande revolução nas metodologias de ensino recai sobre a função dos professores e alunos dentro de uma sala de aula.
Com as metodologias ativas e o uso mais constantes de tecnologias, o saber passou a ser uma construção coletiva, com o professor mediando e os estudantes sendo os protagonistas de toda essa jornada.
Esse modelo colaborativo cria as bases para novas gerações de estudantes menos individualistas e mais preocupados com o trabalho coletivo.
Outra grande influência que a cibercultura exerce sobre a educação é permitindo que escolas e professores consigam personalizar ao máximo as atividades pedagógicas.
O uso de tecnologias que organizam e entregam para educadores todas as informações necessárias para que eles entendam de forma mais detalhada a experiência de aprendizagem de seus alunos tem proporcionado que escolas e pedagogos construam ações e atividades que se adequem aos mais variados perfis, enriquecendo a jornada do aluno.
Vimos aqui que a cibercultura é uma realidade já há algum tempo em nossa sociedade.
Não é de hoje que estamos acostumados com as ferramentas tecnológicas atuais, como computador e internet, e talvez por isso não tenhamos a dimensão exata da gigantesca transformação que nosso planeta passou nestes últimos 30 anos.
E a educação seguiu esta onda, com transformações profundas, que mudaram muito a forma como vemos o processo de ensino e aprendizagem.
E você, o que acha da educação neste universo tecnológico? Leia outros conteúdos como este em nosso blog.